Custo da pandemia em MS chega a R$ 67 milhões

Publicado em: 13 jul 2020

Campo Grande (MS) – Os gastos públicos com a pandemia do coronavírus em Mato Grosso do Sul chegaram a R$ 67,8 milhões, é o que aponta monitoramento da Controladoria-Geral da União (CGU) feito diariamente com o governo federal, os estados e os municípios.

O levantamento da CGU é feito com base em publicações nos diários oficiais da União, dos estados e dos municípios, como Campo Grande e Dourados, por exemplo.

No relatório, está descrita uma expressiva quantidade de equipamentos de proteção individual para profissionais de saúde, insumos e equipamentos hospitalares, como camas, leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI) e também respiradores.

Apesar de detalhar as quantidades e os valores da maioria dos bens comprados, o levantamento da CGU não conseguiu identificar o uso da maior parte dos recursos públicos gastos durante a pandemia. Os chamados “itens diversos” absorveram nada menos que R$ 24,1 milhões do total gasto pelo poder público até agora. Foram comprados 4.283.336 destes itens indiscriminados.

O levantamento da CGU tem o objetivo de aumentar o controle e a transparências dos gastos públicos durante a pandemia – período de calamidade pública em que os gestores compram sem licitação.

Linha de frente

A maior compra do Estado, da União e das prefeituras no combate à Covid-19 foi de máscaras em geral: 4.586.700 unidades, por R$ 8,36 milhões. O montante não inclui as máscaras N95, indicadas para os trabalhos nas UTIs e para os profissionais da linha de frente. Foram compradas 322 mil máscaras com esta especificação a um custo de R$ 6,32 milhões.

Em termos de volume, as luvas são os itens mais adquiridos pelo poder público em Mato Grosso do Sul: foram 5.568.400 a um custo de R$ 6,1 milhões.

No relatório da CGU consta a compra de 110.252 macacões para os profissionais da linha de frente, custo de R$ 3,79 milhões.

Equipamentos

Se depender do volume de oxímetros comprados, o monitoramento do avanço da Covid-19 no corpo dos pacientes não terá problemas nas principais cidades do Estado. Foram compradas 1,2 mil unidades deste aparelho, a um custo total de R$ 3,85 milhões. Também foram adquiridos oxímetros portáteis: 120, a um custo de R$ 19,8 mil.

Os respiradores, itens fundamentais para a sobrevivência de pacientes com Covid-19 em estado grave, custaram R$ 1,48 milhão. Foram compradas 11 novas unidades.

Também foram comprados respiradores de transporte, essenciais na remoção de pacientes e nas trocas de leitos. As 25 máquinas compradas em Mato Grosso do Sul custaram R$ 1.368.375,00.

Leitos

Ao todo, foram comprados 900 leitos para hospitais no Estado. A publicação não informa se leitos clínicos ou UTIs. Eles custaram R$ 2,19 milhões ao poder público. Em Campo Grande, as compras se referem à aquisição em unidades particulares: 474, incluindo os leitos de UTI.

Entre os gastos do poder público com a Covid-19 também aparecem camas. As 200 compradas custaram R$ 1,28 milhão aos cofres públicos.

Também aparecem na lista da CGU outros itens e equipamentos, como álcool em gel, monitores, óculos e toucas.

Apesar de todas essas compras, houve momentos durante a pandemia em que houve falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) em algumas cidades no Estado.

Doações

As compras citadas no monitoramento da CGU não levam em consideração as doações de leitos de UTI e de equipamentos de proteção individual feitas por pequenas e grandes empresas. A maior doação para Mato Grosso do Sul foi da JBS, que está entregando R$ 21 milhões em serviços e equipamentos. A Eldorado Brasil Celulose doou mais de R$ 10 milhões em EPIs e equipamentos. O Itaú também fez doações milionárias no Estado.

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