Grupo chinês confirma investimento de R$ 2 bilhões no estado

Publicado em: 12 dez 2018

Campo Grande (MS) – O presidente global da BBCA Group, Li Rongjie, confirmou na tarde de terça-feira (11) em Campo Grande a retomada dos investimentos da empresa em uma unidade de processamento de milho em Maracaju –a 160 km de Campo Grande–, em um investimento estimado em R$ 2 bilhões. Em reunião com a vice-governadora Rose Modesto (PSDB) e o secretário de Estado de Governo e Relações Estratégicas, Eduardo Riedel, os chineses apresentaram um cronograma para reinício das obras e início da produção em outubro de 2019. 

O secretário-adjunto de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Turismo, Ricardo Senna, também participou do encontro. Ele explicou que o empreendimento enfrentou problemas no projeto de engenharia, que não levou em consideração os ventos na região de Maracaju, “cuja velocidade atrapalha um pouco. Tiveram de contratar novos estudos para avaliação técnica e, agora, com base nessa perícia, estão readequando o projeto”. 

Rose, por sua vez, informou que o BBCA apresentou um cronograma para os trabalhos. “Deram como prazo de reinício do investimento o mês de março. Em junho, esperam ter os equipamentos todos no Brasil e a partir daí, até outubro, começam a funcionar”, explicou a vice-governadora. Segundo ela, a previsão de investimentos foi mantida, com a aplicação de R$ 2 bilhões até 2020. 

O projeto em Maracaju envolve a produção de derivados químicos de milho, que inclui plásticos biodegradáveis. Amostras de produtos, incluindo sacolas, copos e camisetas, foram levados por Rongjie e representantes do conglomerado à reunião. “Para nós, é importante também o que o governador e a vice têm dito quanto a diversificar a matriz produtiva em novas bases. Essa indústria é importante por ser um novo setor, químico, que atua com materiais novos. Esse plástico biodegradável se deteriora em seis meses, diferente do produzido com petróleo”, afirmou Senna. 

O secretário-ajunto apontou ainda outra vantagem que atraiu a vinda do grupo: a capacidade produtiva. “Apesar de falarmos em ‘safrinha’, nossa produtividade aumentou tão substancialmente que temos duas safras de milho por ano, com regularidade e quantidade mais que suficientes para alavancar a produção”. 

No início do ano, diretores do grupo estiveram em Maracaju para reiterar a disposição de realizar o investimento. Naquele momento, foram concluídos três armazéns, um barracão e 60 habitações para os trabalhadores chineses que devem vir ao Brasil. O complexo prevê a contratação de até 1.500 pessoas para, também, atuar na produção de maltose e ácido cítrico, entre outros produtos, além do beneficiamento de soja e cogeração de energia.

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