Lucro de estatais de MS é estimado em R$ 92 milhões

Publicado em: 12 jan 2021

Campo Grande (MS) – O balancete que aponta o rendimento anual das estatais de Mato Grosso do Sul ainda não foi divulgado, mas, de acordo com os presidentes das empresas, a estimativa é de que o lucro de 2020 gira em torno dos 92 R$milhões. 

O número vai em desencontro com as dificuldades econômicas enfrentadas durante a pandemia do novo Coronavírus, mas corresponde a um cenário positivo para o estado. 

Os dados oficiais sobre os lucros devem ser anunciados apenas em março deste ano, quando os balanços forem concluídos. As estatais em pauta são a Sanesul e a MSGÁS, responsáveis pelo saneamento básico e a distribuição de gás natural no estado, respectivamente. 

A Sanesul registrou, em média, R$ 600 milhões de receita e 80 milhões de reais em lucro, no ano passado. 

Já a MSGÁS, teve o resultado anual estimado em R$ 400 milhões até novembro, com lucro de 12 milhões de reais. 

Em 2019, antes da crise da Covid-19, o rendimento anual colocou a Sanesul entre as mil maiores empresas do país, conforme um levantamento do Governo do Estado, com base no ranking do jornal Valor Econômico, e com as previsões referentes a 2020 o resultado deve se manter. 

Segundo os presidentes das estatais, os bons resultados são progressivos graças ao tipo de investimento realizado a partir do lucro conseguido. 

“Ela dá lucro porque se reestruturou. Com isso, o Estado ganha e os municípios menores podem receber mais investimento. O Governo do Estado prioriza que todo lucro seja reinvestido. Isso deu condições de universalizar o abastecimento de água e avançar na coleta e tratamento de esgoto.”, contou o diretor-presidente da Sanesul, Walter Carneiro. 

Ainda segundo ele, os esforços são para que Mato Grosso do Sul seja o primeiro estado do país a ter 100% de esgoto tratado, graças ao reinvestimento e à PPP (Parceria Público-Privada). 

Em relação à MSGÁS, o lucro é novamente revertido para o Governo do Estado. Atualmente a empresa é divide sociedade entre o Estado, com 51% do capital, e a Gaspetro, com 49%. 

O rendimento anual é aplicado em diversas vertentes sociais, como a educação, a saúde, a infraestrutura e segurança. De acordo com Rui Pires dos Santos, diretor-presidente da distribuidora, “É uma prova de que uma empresa pode ter o Estado como sócio e ser lucrativa. Esse recurso que volta para o Estado não é um dinheiro carimbado e com certeza é utilizado para melhorar a vida das pessoas”. 

O lucro anual da MSGÁS fica entre 12 milhões e 14 milhões de reais, então se mantém dentro da previsão para o futuro balancete. 

Privatização

Em 2019, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriu um projeto para vender MSGÁS e a previsão é de que a distribuidora seja leiloada para a iniciativa privada já neste ano. 

Conforme o diretor-presidente da estatal, “A decisão da privatização cabe ao governo do Estado. Apesar de ser objeto de estudo, [O BNDS] não tem participação direta nem ativa na decisão.”. 

A venda de estatais é uma das condições para os estados aderirem a um pacote de benefícios aprovado pelo governo federal. 

O programa temporário, que foi intitulado de Plano Mansueto, permite que estados e municípios sem capacidade de pagamento tenham acesso a empréstimos com garantias da União desde que façam um ajuste fiscal para recuperar suas finanças. 

As gestões, que quiserem aderir aos benefícios, têm o prazo de até 2022 para recuperar suas finanças e melhorar dois indicadores que atestam a capacidade de pagamento.

 

Fonte: Correio do Estado

 
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