Relator da reforma tributária afirma que texto pode ser aprovado ainda esse ano

Publicado em: 11 abr 2018

Campo Grande (MS) –  O relator do projeto de reforma tributária na Câmara dos Deputados, deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), disse que “não adianta pensar no futuro” sem que o texto seja aprovado pelo Congresso Nacional. O parlamentar afirma que o texto pode ser aprovado ainda neste ano com a ajuda de um mandado de segurança para travar a intervenção

“Aprovada a reforma nos moldes propostos, o Brasil sobe 60 posições no ranking de competitividade. […] O trabalhador vai ter mais emprego e aumento de poder aquisitivo porque as empresas terão mais competitividade. Consequentemente, comércio e serviços poderão vender mais”, avalia Hauly. 

Ao frisar a possibilidade, Hauly recorda que a reforma trabalhista foi aprovada em meio à maior crise econômica da história. “O Congresso está receptivo. Vai ter uma aprovação maior do que a reforma trabalhista, porque a centro-esquerda também está favorável à proposta, ao contrário do texto do [Rogério] Marinho, em que nós aprovamos sem os votos da centro-esquerda”, pondera. 

Hauly garante ainda que a proposta tem condições de ser aprovada ainda neste ano, mesmo com o decreto de intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro, que trava o andamento das PECs (Proposta de Emenda à Constituição) no Congresso Nacional. De acordo com o deputado, o presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia, já autorizou a tramitação da reforma, que só falta obter no Supremo um mandado de segurança para permitir a votação. 

No discurso, direcionado a empresários pouco antes da participação do presidente Michel Temer (MDB) no 3º Simpósio de Nacional de Varejo e Shopping, Hauly cobrou uma posição firme do setor em defesa das mudanças tributárias: “É hora de chegar no presidente da República e falar: vamos fazer a reforma”. 

Mais tarde, em seu posicionamento, Temer se dirigiu a Hauly e ressaltou a necessidade de aprovação da reforma com algumas modificações no texto. “Espero concluir o governo com isso [reforma trabalhista], se não aprovada, muito bem encaminhada”.

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