quarta-feira, junho 25, 2025
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Aumento de gastos está congelado até que país encontre sustentabilidade, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu uma postura de cautela diante o cenário fiscal e econômico do país. Para ele, é hora de “congelar o debate sobre aumento de gastos” até que o governo encontre um caminho sustentável para as contas públicas.

“Nós estamos em um momento que penso que nós devíamos congelar o debate sobre aumento de gasto até encontrar o caminho da sustentabilidade das contas. Nesse momento eu penso que nenhum aumento de gasto é bem-vindo a não ser os imprescindíveis. Na situação do brasil menos é mais”, disse o ministro em entrevista à Record nesta terça-feira (24).

Haddad também comentou a recente decisão do Banco Central de interromper o ciclo de cortes da taxa Selic, que hoje está fixada em 15%. Segundo ele, a alta dos juros foi “contratada” em dezembro, quando o então presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, ainda participava das decisões do Comitê de Política Monetária (Copom).

“É uma coisa que chama ‘guidance’, quer dizer, é como se você tivesse estabelecido uma contratação futura da taxa. Não dá para dar cavalo de pau em política monetária, você vai perder credibilidade, vai perder o manche da economia, então você tem que ter muita cautela”, disse.

Ainda assim, Haddad reconheceu que a taca está em um patamar muito elevado.

“Eu estou preocupado evidentemente, é uma taxa de juro muito, muito restritiva.”

Moradores de cobertura

Ao tratar da reforma tributária e da busca por mais justiça na arrecadação, o ministro fez uma analogia para criticar a desigualdade no país.

“Nós não temos mais condição de viver em meio a um país em que a maioria tem pouco, é da mão pra boca, é o dia a dia, aquela luta diária, e o morador de cobertura tá lá sem pagar condomínio, sem se importar com o que está acontecendo no prédio.”

Segundo ele, o objetivo da política econômica é equilibrar as contas públicas com mais justiça social onerando quem não paga imposto e desonerando quem paga imposto.

Fonte: InfoMoney

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