O ministro afirmou que não tem pretensão de se candidatar nas eleições de 2026 e que não sabe se continuaria em um eventual quarto mandato de Lula
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não confirmou se fica à frente da pasta até o final do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que termina no fim de 2026. Em entrevista ao Estadão, Haddad disse que já entregou a Lula tudo que foi encomendado pelo presidente.
Questionado sobre se estará no Ministério da Fazenda em maio de 2026 – o prazo para desincompatibilização do cargo de ministro para disputar as eleições do próximo ano é abril –, Haddad respondeu que não sabe. “Eu não conversei com ele (Lula) ainda”.
O ministro, porém, disse que não tem intenção de ser candidato em 2026 e, segundo ele, o presidente já sabe disso desde o ano passado.
Haddad também foi perguntado se continuaria como ministro da Fazenda em um eventual quarto mandato de Lula e novamente respondeu sem certeza: “Não sei se eu tenho essa pretensão, vamos ver.”
Relação com o PT e o mercado
Em bom momento com o mercado financeiro, Haddad disse que não acredita que sua eventual saída do governo cause turbulência. “Penso que o desafio da incorporação dessa agenda (econômica) foi superado”, afirmou.
Aprovado pelo mercado, Haddad apanhou do próprio partido em diversos momentos desde o início do mandato. “O PT melhorou comigo”, disse o ministro. Mas amenizou: “embora sempre tenha sido legal comigo”.
Gratuidade no transporte
Na entrevista, Haddad também falou sobre alguns temas prioritários na Fazenda. Um deles é a possibilidade de isenção de tarifas em ônibus municipais. Por enquanto, segundo o ministro, trata-se apenas de um estudo de viabilidade.
“O presidente me pediu para estudar o setor. Não tenho uma proposta, estamos fazendo uma radiografia”, explicou, dizendo que nada deve ser implantado em 2026. “[A tarifa gratuita] só será viável se for fiscalmente neutra. Se não, não vamos fazer. Não tenho espaço fiscal para isso”, completou.
Fonte: InfoMoney

