Após alívio tarifário, Alckmin vê espaço para novas exclusões e diz que agenda com os EUA inclui biocombustíveis, terras raras e o programa Redata
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta terça-feira, 25, que a redução da lista de produtos brasileiros ainda sujeitos às tarifas impostas pelos Estados Unidos reflete o avanço das negociações bilaterais.
Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, destacou no Encontro Empresarial BR-US da Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil) que o trabalho ainda não terminou. “Vamos redobrar os trabalhos agora para diminuir ainda mais a lista de produtos brasileiros afetados”, disse.
Segundo o vice-presidente, a próxima etapa envolve ampliar a lista de itens excluídos das cobranças e reduzir a alíquota aplicada. “O próximo passo é excluirmos mais produtos e reduzirmos a alíquota. Temos o desafio da manufatura: máquinas, motores, produtos industrializados, madeira, muita coisa mesmo. Alimentos ficaram de fora, o mel por exemplo. Então, o trabalho agora será continuar após esse anúncio”, disse.
Ele afirmou ainda que, atualmente, 22% dos produtos brasileiros exportados para os EUA seguem sujeitos às taxas mais elevadas (10% + 40%). Antes do anúncio de Trump na semana passada, eram 36%.
Na semana passada, ordem executiva de Trump eliminou a sobretaxa de 238 itens – entre eles produtos do agronegócio, como café, carne bovina e frutas.
Alckmin reiterou que as discussões com os Estados Unidos nas próximas semanas devem ir além das tarifas, incluindo temas como a importação brasileira de biocombustível americano, terras raras e investimentos ligados ao programa Redata, que incentiva a instalação de data centers no Brasil.
“Hoje, a limitação da inteligência artificial é a falta de energia no mundo. O Brasil tem energia abundante e renovável. Então, o Redata já está no Congresso para ser votado. Esperamos que seja votado ainda este ano. É um incentivo importante”, disse.
Fonte: Isto é Dinheiro

