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Déficit das contas públicas sobe e atinge R$ 44,3 bi em junho, diz Tesouro

Relatório explica que houve queda real de 0,1% na receita líquida e aumento de 1,6% nas despesas; pagamento de benefícios previdenciários aumentou R$ 14,6 bilhões no semestre

O Governo Central registrou um déficit primário de R$ 44,3 bilhões em junho de 2025, acima do déficit de R$ 38,7 bilhões no mesmo mês do ano passado informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira (30).

Segundo os dados, o resultado ficou acima da mediana das expectativas do mercado, que apontava para um rombo de R$ 39,9 bilhões, segundo a pesquisa Prisma Fiscal, do Ministério da Fazenda.

De acordo com o Tesouro, o saldo negativo no mês decorre da combinação de queda real — descontada a alta da inflação no período — de 0,1% na receita líquida e um aumento de 1,6% nas despesas totais. As receitas somaram R$ 169 bilhões, enquanto as despesas chegaram a R$ 213,3 bilhões.

A Previdência Social foi o principal fator de pressão sobre o resultado, com déficit de R$ 49,4 bilhões. Já o Tesouro Nacional e o Banco Central, somados, apresentaram superávit de R$ 5,1 bilhões no mês.

No acumulado do ano, o rombo nas contas públicas caiu para R$ 11,5 bilhões, ante R$ 67,4 bilhões no mesmo período de 2024. De acordo com o Tesouro, o resultado se explica pelo aumento real de 2,8% da receita líquida e da redução de 2,4% nas despesas primárias.

Receitas e despesas

O Tesouro ainda informou que as receitas de impostos, administradas pela Receita Federal, subiram 4,8% no semestre, com destaque para o Imposto de Renda, com alta de R$ 19,2 bilhões e sob o Imposto de Importação, com incremento de R$ 10,4 bilhões.

A arrecadação previdenciária também cresceu 4,2%, beneficiada pela alta da massa salarial e do emprego formal. Por outro lado, houve queda de 36,3% nos dividendos e participações, puxada pela redução nos repasses da Petrobras e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Entre as despesas, a principal queda veio do recuo de R$ 31,4 bilhões nos pagamentos de precatórios. Também contribuíram a redução de R$ 19,2 bilhões nas despesas discricionárias e de R$ 7,4 bilhões nos créditos extraordinários.

Em sentido oposto, os gastos com benefícios previdenciários e assistenciais aumentaram R$ 14,6 bilhões no semestre.

Fonte: CNN BRASIL

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