Pesquisa do Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi) revelou que 42% dos micro e pequenos empresários sequer ouviram falar da reforma tributária aprovada pelo governo, e apenas 8% afirmam estar bem informados.
A falta de conhecimento preocupa o presidente do Simpi, Joseph Couri, que alerta para possíveis perdas de competitividade e risco de aumento da informalidade já a partir de 2026.
O desconhecimento por parte dos empresários é visto como um sinal de comunicação falha entre governo e o setor que mais precisa de previsibilidade.
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Impactos no Simples Nacional com a reforma tributária
Para o dirigente, o Simples Nacional, sistema que garante simplificação e inclusão fiscal para milhões de pequenos negócios, não foi adequadamente contemplado na nova reforma.
O teto de enquadramento não foi ajustado, e empresas optantes não poderão repassar integralmente créditos tributários na cadeia. Na prática, isso reduz a competitividade das micro e pequenas empresas frente aos grandes negócios.
Além disso, o chamado “segundo braço” da reforma, que detalha alíquotas, incentivos e exceções, ainda não foi aprovado. Apesar disso, diversas obrigações começam a valer em 2026.
Pequenos empresários já enfrentam o desafio de adaptar investimentos e sistemas sem informações claras e sem ferramentas informatizadas, diferentemente das grandes empresas que já utilizam soluções robustas como SAP.
Para o presidente do SIMPI, Joseph Couri, a reforma, do jeito que está, penaliza os pequenos, incentiva a informalidade e ignora a base da economia nacional.
“É hora de escutar quem está na ponta. E, principalmente, de agir com responsabilidade antes que seja tarde.”, afirma, defendendo diálogo institucional e ajustes que contemplem a realidade dos micro e pequenos negócios.
A preocupação é que, sem informação e planejamento, a reforma tributária acabe prejudicando formalização, empregos e desenvolvimento sustentável em municípios de todo o país.
Fonte: Real Time