quinta-feira, setembro 11, 2025
spot_img
HomeEconomiaFazenda teme desidratação de medida que tributa aplicações isentas

Fazenda teme desidratação de medida que tributa aplicações isentas

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) diz que retirará do texto a taxação de debêntures incentivadas. Ele negocia novas alterações no texto, mas indica que não vai desfigurar a proposta sobre aplicações financeiras

Técnicos do Ministério da Fazenda temem que a medida provisória nº 1303, que tributa aplicações financeiras, seja desidratada após o relator, o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), anunciar que retirará do texto a taxação das debêntures incentivadas.

Auxiliares do ministro Fernando Haddad estão preocupados com a possiblidade de que novas concessões possam ser feitas e, como consequência, reduzam a potência de arrecadação estimada inicialmente em R$ 20,87 bilhões.

+ Renda fixa bate marca de 100 milhões de investidores no Brasil; veja aplicações preferidas
+ Haddad confirma IR de 17,5% sobre rendimentos de aplicações

Aplicações, debêntures e financiamento

Segundo Zarattini, as debêntures são fonte importante de financiamento para o setor de infraestrutura e sua decisão já foi comunicada ao ministro Fernando Haddad (Fazenda). Esses papéis oferecem rendimentos isentos de Imposto de Renda para as pessoas físicas. Com esse benefício, as empresas conseguem captar recursos a uma taxa menor, já que os ganhos não serão tributados.

O agronegócio também pressiona para que as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e os CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) não sejam taxados. Segundo o relator, o tema está em debate, mas não há uma decisão tomada.

Zarattini ainda declarou que tem como tarefa garantir a aprovação do texto, o que pode demandar ajustes, mas que trabalhará para que a proposta não seja desvirtuada, diante da necessidade do governo de garantir fontes de arrecadação para bancar o Orçamento de 2026.

Leia mais em PlatôBR.

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Mais Populares