Governo negociou prazo de 10 dias com o Congresso para apresentar alternativas à elevação do IOF – onde já houve recuo após reação negativa do mercado. Pacote ainda não foi revelado.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (2) que as propostas alternativas à elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) devem passar pela correção de “outras distorções no sistema financeiro”.
“Se houver qualquer calibragem [do IOF], vai ser no âmbito de uma expansão da correção dos desequilíbrios existentes hoje nos tributos que dizem respeito às finanças”, afirmou o ministro.
Questionado, Haddad preferiu não antecipar quais medidas serão anunciadas nesse pacote para “calibrar” – ou seja, reduzir o impacto – do aumento nas alíquotas do IOF.
Haddad afirmou, no entanto, que as “reformas estruturais vão voltar para a mesa” – sem citar quais.
💰 Em maio, o governo anunciou uma elevação no IOF cobrado sobre diversas operações financeiras – mas começou a recuar no mesmo dia, após reação negativa do mercado.
💰 O Congresso começou, nos dias seguintes, a se movimentar para aprovar uma derrubada do decreto presidencial, algo inédito nos últimos 25 anos.
💰 O governo, então, buscou os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e negociou um prazo de dez dias para apresentar uma proposta alternativa que substitua parte dos ganhos que seriam obtidos com o novo IOF.
“É definir qual vai ser o recorte que vai ser feito dessas medidas e apresentar aos três presidentes. Se nós chegarmos a uma boa definição, 70, 80, 90% daquilo que for discutido… Se houver uma compreensão que é hora de avançar, eu acredito que vamos dar uma perspectiva muito mais sustentável, sem essas medidas paliativas”, disse.
“Eu já estava muito confortável com o debate com os líderes, hoje estou muito mais. Temos uma oportunidade de fazer as reformas necessárias para o país continuar a gerando emprego, caindo o juro, que é o que o Brasil precisa”, completou.
Fonte: G1