domingo, junho 15, 2025
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Haddad fala em corrigir ‘outras distorções’ de impostos e retomar reformas estruturais para rever alta contestada do IOF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (2) que as propostas alternativas à elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) devem passar pela correção de “outras distorções no sistema financeiro”.

“Se houver qualquer calibragem [do IOF], vai ser no âmbito de uma expansão da correção dos desequilíbrios existentes hoje nos tributos que dizem respeito às finanças”, afirmou o ministro.

Questionado, Haddad preferiu não antecipar quais medidas serão anunciadas nesse pacote para “calibrar” – ou seja, reduzir o impacto – do aumento nas alíquotas do IOF.

Haddad afirmou, no entanto, que as “reformas estruturais vão voltar para a mesa” – sem citar quais.

“Eu tenho duas alternativas. Uma é, com uma medida regulatória, resolver o problema de forma paliativa para cumprir as metas do ano. A outra, que interessa mais à Fazenda, é voltar para as reformas estruturais. Em 2023, várias foram feitas, nós ganhamos nota com as agências de risco, ganhamos prestígio, os investimentos voltaram”, declarou. 

💰 Em maio, o governo anunciou uma elevação no IOF cobrado sobre diversas operações financeiras – mas começou a recuar no mesmo dia, após reação negativa do mercado.

💰 O Congresso começou, nos dias seguintes, a se movimentar para aprovar uma derrubada do decreto presidencial, algo inédito nos últimos 25 anos.

💰 O governo, então, buscou os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e negociou um prazo de dez dias para apresentar uma proposta alternativa que substitua parte dos ganhos que seriam obtidos com o novo IOF.

Congresso concede prazo de dez dias para Governo Federal apresentar alternativa ao aumento do IOF

“É definir qual vai ser o recorte que vai ser feito dessas medidas e apresentar aos três presidentes. Se nós chegarmos a uma boa definição, 70, 80, 90% daquilo que for discutido… Se houver uma compreensão que é hora de avançar, eu acredito que vamos dar uma perspectiva muito mais sustentável, sem essas medidas paliativas”, disse.

“Eu já estava muito confortável com o debate com os líderes, hoje estou muito mais. Temos uma oportunidade de fazer as reformas necessárias para o país continuar a gerando emprego, caindo o juro, que é o que o Brasil precisa”, completou.

Fonte: G1

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