quarta-feira, agosto 6, 2025
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‘O Brasil não pode tolerar gasolina a quase R$ 7’, diz Lira

Campo Grande (MS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que vai debater com outros parlamentares alternativas para reduzir o preço dos combustíveis. A declaração ocorre um dia após o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmar que a companhia não mudará sua política de preços.

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A discussão entre os parlamentares será na quarta-feira, durante a reunião do Colégio de Líderes. “O fato é que o Brasil não pode tolerar gasolina a quase R$ 7 e o gás a R$ 120”, escreveu o presidente nas redes sociais.

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Arthur Lira (PP-AL) - O novo presidente da Câmara dos deputados, eleito com apoio do Planalto, é réu no STF numa acusação de recebimento de propina da CBTU. Em sua função à frente da Casa, define o que vai a voto no Congresso e articula nomeações no governo Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
Arthur Lira (PP-AL) – O novo presidente da Câmara dos deputados, eleito com apoio do Planalto, é réu no STF numa acusação de recebimento de propina da CBTU. Em sua função à frente da Casa, define o que vai a voto no Congresso e articula nomeações no governo Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
Com a reforma ministerial, Bolsonaro entregou o cargo de ministra da Secretaria de Governo à deputada Flávia Arruda (PL-DF), partido presidito pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão fez uma "visita de cortesia" ao presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, na manhã seguinte ao anúncio dos novos ministros Foto: André Coelho / Agência O Globo
Com a reforma ministerial, Bolsonaro entregou o cargo de ministra da Secretaria de Governo à deputada Flávia Arruda (PL-DF), partido presidito pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão fez uma “visita de cortesia” ao presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, na manhã seguinte ao anúncio dos novos ministros Foto: André Coelho / Agência O Globo
Ciro Nogueira (PP-PI) - O senador, que teve voz na escolha do primeiro ministro do STF indicado por Bolsonaro, Kassio Nunes Marques, é Ministro da Casa Civi, além de réu no Supremo em ação do quadrilhão do PP e foi alvo de denúncia (ainda não recebida pela Justiça) de corrupção passiva e lavagem de dinheiro Foto: Agência Senado
Ciro Nogueira (PP-PI) – O senador, que teve voz na escolha do primeiro ministro do STF indicado por Bolsonaro, Kassio Nunes Marques, é Ministro da Casa Civi, além de réu no Supremo em ação do quadrilhão do PP e foi alvo de denúncia (ainda não recebida pela Justiça) de corrupção passiva e lavagem de dinheiro Foto: Agência Senado
O senador Fernando Collor de Mello (PROS-AL), que tem acompanhado Bolsonaro em eventos e viagens, é reú na Lava-Jato sob acusação de receber propina desviada da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Caso está pronto para ser julgado. PGR pediu condenação do senador a 22 anos de prisão Foto: Jorge William / Agência O Globo
O senador Fernando Collor de Mello (PROS-AL), que tem acompanhado Bolsonaro em eventos e viagens, é reú na Lava-Jato sob acusação de receber propina desviada da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Caso está pronto para ser julgado. PGR pediu condenação do senador a 22 anos de prisão Foto: Jorge William / Agência O Globo
Líder do governo no Senado,
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) foi alvo da PF em 2019 sob suspeita de recebimento de propina quando era ministro de Dilma — caso está sob investigação. Também foi acusado de receber propina desviada de obras da Petrobras, mas denúncia foi rejeitada pelo STF Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) foi alvo da PF em 2019 sob suspeita de recebimento de propina quando era ministro de Dilma — caso está sob investigação. Também foi acusado de receber propina desviada de obras da Petrobras, mas denúncia foi rejeitada pelo STF Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

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Líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) foi alvo de operação do Gaeco do Paraná sob suspeita de ter recebido propina da Galvão Engenharia, que fechou acordo de delação premiada na Lava-Jato. Foi cotado para Ministro da Saúde Foto: Jorge William / Agência O Globo
Líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) foi alvo de operação do Gaeco do Paraná sob suspeita de ter recebido propina da Galvão Engenharia, que fechou acordo de delação premiada na Lava-Jato. Foi cotado para Ministro da Saúde Foto: Jorge William / Agência O Globo

Lira disse que a Câmara faz “seu dever de casa” para auxiliar o Brasil no processo de retomada da economia, respeitando limites fiscais e tendo responsabilidade em sinalizações ao mercado.

Ainda assim, ele diz que o dólar segue em um patamar alto e que, junto da valorização do barril do petróleo, joga uma pressão no preço dos combustíveis que é insustentável. “O diretor da Petrobras Cláudio Mastella diz que estuda com ‘carinho’ um aumento de preços diante desse cenário. Tenho certeza que ele é bem pago para buscar outras soluções que não o simples repasse frequente”, escreveu Lira.

Nesta terça-feira, em discurso em Alagoas, durante evento do governo federal, o presidente da Câmara voltou a criticar o aumento dos combustíveis e culpou o ICMS pelo preço cobrado nos postos de gasolina.

Em discurso que ecoou os argumentos que o presidente Jair Bolsonaro tem utilizado, Lira defendeu que os governadores se sensibilizem e reduzam a cobrança da tarifa sobre o preço.

— Ninguém aguenta mais dólar alto, ninguém mais aguenta mais combustível. E sabe o que é que faz o combustível ficar caro? São os impostos estaduais. Os governadores tem que se sensibilizar. E o Congresso Nacional vai debater um projeto que trata do imposto do ICMS para que ele tenha um valor fixo — disse.

Lira destacou que o governo federal já zerou a cobrança dos impostos federais. Segundo ele, a arrecadação dos governos estaduais vem crescendo e, com o aumento do preço, quem está pagando essa conta seriam os mais humildes.

— Os outros (governadores) também têm que acompanhar, dar sua cota de sacrifício porque estão arrecadando muito nesse período de pandemia. As arrecadações subiram e não é justo que o mais humilde pague a conta para manter a arrecadação crescente no momento em que todos reclamam que não podem comprar um botijão de gás, abastecer sua moto, botar gasolina no seu carro, pagar sua conta de luz.

Nesta terça-feira, após 85 dias com preços estáveis, a Petrobras anunciou reajuste no preço do diesel para as distribuidoras. O diesel acumula alta de 51% neste ano.

O presidente Jair Bolsonaro apontou, na segunda-feira, que os combustíveis são um dos fatores que mais pressionam a inflação e culpou a política de preços da Petrobras por isso. No começo do ano, ele trocou a presidência da estatal como forma de tentar conter a elevação dos preços.

Questionado nesta terça-feira sobre a política de preços da Petrobras, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que os valores são dados pelo mercado.

— Não existe política de preços de combustíveis. O preço dos combustíveis é dado pelo mercado, é quem compra o combustível e vende o combustível. É da mesma forma que os alimentos, é quem compra os alimentos e vende os alimentos. Os alimentos sobem de preço quando há escassez de alimentos — disse.

Albuquerque afirmou que a produção de petróleo caiu no mundo todo e que governo tem atuado para não haver desabastecimento.

— Os combustíveis sobem de preço quando há escassez de petróleo. O governo tem feito é que não haja desabastecimento, estamos aumentando a produção de petróleo. Os preços só vão cair se tivermos mais produção, mais refinarias e mais investimentos — afirmou.

Para o ministro, o preço dos combustíveis está alto em todo o mundo. Ele disse que trabalha com o Congresso para que imposto sobre os combustíveis precisam ser “razoáveis”, ecoando falas do presidente Bolsonaro que cobra a redução do ICMS sobre os produtos.

— O preço do combustível no mundo todo está alto. Está alto porque a pandemia está acabando, a produção de petróleo caiu muito durante esse período da pandemia e o preço subiu absurdamente. Estamos trabalhando junto ao Congresso Nacional para que impostos que incidem sobre os combustíveis sejam mais razoáveis para que os consumidores brasileiros tenham melhores preços — disse o ministro.

Fonte: O Globo

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