domingo, junho 22, 2025
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Orçamento, reforma tributária e covid dominam 1ª parte do debate

Campo Grande (MS) – No primeiro bloco do debate deste domingo entre os candidatos à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), o uso dos recursos do Orçamento, a reforma tributária e o combate à covid dominaram as primeiras falas.

Bolsonaro afirmou que os recursos do Auxílio Brasil terão origem em proposta que passou na Câmara e está no Senado. Disse que vai tentar manter o benefício “de forma vitalícia” e afirmou que a bancada do PT votou contra a proposta. Disse que pretende conduzir a reforma tributária com o Congresso. “Faremos tudo dentro da responsabilidade fiscal.”

Lula disse que o Auxílio Brasil de R$ 600 só existe até 31 de dezembro, porque não está na Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO). Falou das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) conduzidas em seu governo.

“Provamos que é possível ter capacidade de planejamento” e disse ter certeza de que o Congresso vai aprovar a reforma tributária, “para que a gente possa taxar menos os mais pobres e cobrar dos mais ricos”. De acordo com Lula, o governo petista “provou à sociedade brasileira que é possivel ter capacidade de investimento quando a gente planeja e coloca dinheiro no lugar certo”.

Na sua primeira participação, o candidato do PT escolheu questionar Jair Bolsonaro sobre quantas escolas técnicas e universidades foram criadas na sua gestão. “É preciso trazer cidadania ao povo mais pobre mais uma vez. Fizemos a maior política de inclusão social que esse país conheceu. Fomos o governo que mais fez em diversidade.”

O candidato à reeleição pelo PL não respondeu à pergunta. Bolsonaro preferiu falar do auxílio-emergencial, durante a pandemia, e do Auxílio Brasil. E continuou: “O senhor promete o tempo todo. Prometeu levar água para o Nordeste, e agora está prometendo picanha e cerveja”. Lula riu.

O candidato do PT ironizou o presidente por evitar falar na criação de universidades. Após o petista insistir na pergunta, Bolsonaro saiu pela tangente. “Durante a pandemia, as universidades ficaram fechadas. Não tinha cabimento fazer universidade para ficar fechada”, rebateu.

O presidente disse que não existia vacina à venda em 2020, portanto não é possível falar em demora. “Todos aqueles que quiseram tomar vacina, tomaram. O Brasil foi um dos países que mais vacinou no mundo e de forma mais rápida”.

Lula rebateu dizendo que o fato concreto é que a negligência do atual governo levou a mais de 600 mil mortos por covid-19. “O senhor debochou, riu, simulou pessoas morrendo engasgadas. Não há história de alguém que brincou com a pandemia e a morte da forma como o senhor brincou”, diz o petista.

Ao responder pergunta sobre a pandemia, Bolsonaro voltou a defender o tratamento precoce, que é comprovadamente ineficaz. “A questão do tratamento precoce, tendo ou não comprovação científica, tirou-se a autonomia do médico. A história mostrará quem está com a razão”, diz Bolsonaro.

O candidato do PL acusou o petista de “agradecer a natureza” pela proliferação da vírus. Bolsonaro também aproveitou o tema para puxar o assunto da corrupção. O atual presidente citou o nome de Carlos Gabas, por exemplo, integrante do PT que foi investigado por suposto esquema no Nordeste.

(Com conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor)

Fonte: Valor Investe

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