O artigo de José Andrés Lopes da Costa critica o substitutivo ao PL 1087/2025, apresentado por Arthur Lira, que pretende reformar o Imposto de Renda com medidas como ampliação da faixa de isenção, tributação mínima sobre altas rendas e retomada da cobrança sobre dividendos. Embora o discurso seja de justiça fiscal, o autor aponta incoerências técnicas, ausência de compensações para evitar bitributação e impactos negativos no pacto federativo, pois a ampliação da isenção compromete receitas de estados e municípios sem garantias de compensação. O texto também gera distorções econômicas, ao favorecer o pagamento de pró-labore em vez de dividendos, incentivando disputas fiscais e insegurança jurídica. Em resumo, o autor vê a proposta como um remendo fiscal mal planejado, que sacrifica técnica, neutralidade e equilíbrio em nome da arrecadação rápida.