terça-feira, julho 22, 2025
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Haddad diz que Brasil quer negociar tarifas, mas culpa é de relação Trump-Bolsonaro

“Estamos nos preparando para vários cenários, houve muitas idas e vindas nas decisões do governo dos EUA”, disse o ministro da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (21) à rádio CBN que, apesar do cenário adverso com os Estados Unidos, o governo mantém a postura de negociação, mas que que “o que sobra para manutenção da tarifa de 50% é relação pessoal entre Trump e Bolsonaro”, em referência às ameaças do presidente americano ao Brasil ligadas ao julgamento do ex-presidente.

Haddad criticou a atuação de grupos internos que, segundo ele, “estão concorrendo contra os interesses nacionais”, já que não existe déficit dos EUA com o Brasil. “Com BRICS, o Brasil está longe de ser problema. O Brasil não vai sair da mesa de negociação.”

Segundo ele, “orientação de Lula é ficar permanentemente engajado em negociação com EUA; vamos insistir na negociação comercial”. Ele acrescentou que “não há razão para distanciamento entre Brasil e EUA”.

Haddad reforçou que o Brasil está tomando medidas coordenadas para enfrentar a ameaça das tarifas de 50% propostas pelo governo Trump, reiterando a importância de unidade nacional e engajamento diplomático. “É hora de unidade do país na defesa do interesse nacional”.

Haddad ressaltou que as muitas idas e vindas das decisões do governo americano exigem preparação para diferentes cenários: “Estamos nos preparando para vários cenários, houve muitas idas e vindas nas decisões do governo dos EUA”. Ele informou ainda que o encarregado de negócios dos EUA ainda “não procurou autoridades do governo do Brasil”.

Com o calendário avançando, Haddad admitiu a possibilidade de até o dia 1º de agosto não haver resposta oficial de Washington: “Estamos considerando cenário de chegar a 1º de agosto sem uma resposta dos EUA”. Nesse caso, o Brasil já possui um “plano de contingência para qualquer decisão que venha a ser tomada por [presidente] Lula”. O ministro adiantou, no entanto, que a intenção do governo não é retaliar.

Fonte: InfoMoney

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